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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ahmed, o menino vendedor de lenços e a sua Guerra da Síria

Ahmed, o menino vendedor de lenços e a sua Guerra da Síria
 Hamdo Abeyd, de cerca de 10 anos, vende lenços de papel. É um refugiado sírio na Turquia. A insana guerra que já vai para quatro anos, não foi iniciativa sua. Sua iniciativa, não tão livre assim, é vender lencinhos de papel. Ele é um dos milhões de refugiados no país vizinho e come das migalhas que caem da mesa de seus senhores.
Ahmed vende singelos lenços de papel na praça Basmane, em Izmir, na Turquia. Papel pode ser tanto um produto derivado do Papyrus, quanto um subproduto social derivado de um conflito que o mundo resolveu ignorar.
Foi o papel, invenção egípcia de 6 mil anos, que nos possibilitou um salto civilizatório ao permitir que deixássemos de escrever nossos textos cuneiformes em tabuletas de pedra ou argila.
Há outros papéis que cuidamos de inventar. O de Ahmed é um deles. E ele sempre se virou como pôde, até ser agredido pelo dono do bar sob a alegação de que incomodava seus clientes quando, para viver, tentava trocar seus papéis por papel-moeda, outra invenção da civilização. Foi agredido a ponto de ficar desacordado. O mundo ficou comovido com o episódio. O mesmo mundo que parece não se comover tanto com a guerra de Bassar al-Assad.

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